DECLARAÇÃO

Demorei para entender o que sinto por ti:
Lascívia... luxúria... concupiscência...

Pensei que era amor, mas não...
Talvez um dia fosse - não há como saber!
Com o amor eu sei lidar.
Consigo sufocar... até matar.

Mas a libertinagem... Ah! Essa é incontrolável!
Não há pudor para o lúbrico que toma conta de mim,
Querendo teus cabelos entre meus dedos,
Ou até te prender pra satisfazer minha libido.
Te fazer gemer, gritar, tremer, arranhar, morder...

Aquela vontade de ocupar teu corpo todo...
De invadir cada espaço
Com a boca,
Com a língua,
Com as mãos e todos os dedos.
Abrir caminho pra te possuir,
Das únicas maneiras que eu gosto de possuir alguém:
Sendo possuído... tragado... devorado...

Sem nada entre a tua pele e a minha
Que não tenha emanado do meu corpo ou do teu...

E fazer isso repetidas vezes.
Inúmeras vezes.
Voltando ao começo ou a um ponto qualquer.
Tirando ou pondo o que der vontade.
Mas buscando sempre o mesmo:
Teu prazer... e o meu!

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